O visionário que reinventou a roda

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Chega a São Paulo a maior exposição já dedicada a Marchel Duchamp

A mostra "Uma Obra que Não é uma Obra de Arte", de Marcel Duchamp (1887-1968), abre dia 28 de setembro no MAM, Museu de Arte Moderna de São Paulo, no parque do Ibirapuera, com 120 peças do artista.

Quarenta anos depois da morte de Duchamp e 60 anos depois de o museu receber dele o projeto para a coletiva que marcaria a abertura da instituição - que nunca foi montada porque um dos organizadores do evento fugiu com o dinheiro destinado ao transporte das obras - trata-se de sua maior exposição individual já apresentada na América Latina. Com as obras primas Porta-Garrafas, Roda de Bicicleta, O Grande Vidro, Fonte, L.H.O.O.Q., além da central Caixa-Valise e da derradeira Eetant Donnés (Dados, em francês no sentido de alguém que enumera algo), a exposição traz itens nunca exibidos no país. Duchamp considerado um "gênio visionário" influenciou gerações posteriores e definiu toda uma era.

A revolução perpetrada pelo francês é mais difícil de definir por causa de sua complexidade e da maneira anáquica com que ele mudou tudo na esfera artística. Felipe Chaimovich, que assina uma mostra paralela, intitulada "Duchamp-me", só com nomes brasileiros influenciados pelo francês, também no MAM, no mesmo período avalia: "Ele deixou uma produçao muito rica e sem nenhuma linearidade. É, até hoje, uma figura inclassificável, difícil de explicar".

*[Matéria da matéria. Exposição aconteceu em Agosto/Setembro de 2008]

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